A síndrome do pânico é um distúrbio de ansiedade caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados.
Esses ataques são episódios súbitos de medo intenso ou desconforto extremo que atingem um pico em minutos e são acompanhados por uma variedade de sintomas físicos e emocionais.
A pessoa, durante o ataque, sobretudo se não conhece o problema, recorre ao pronto socorro, em busca de alívio imediato.
Assim, recebe atendimento de emergência e faz exames para descartar uma doença cardíaca grave.
Depois, muitas vezes percorre vários consultórios médicos para descobrir o que apresenta e fazer mais exames, que não mostram a causa dos sintomas!
Sintomas da Síndrome do Pânico
Os sintomas de um ataque de pânico podem incluir:
- Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado: Sensação de que o coração está batendo muito rápido ou forte.
- Sudorese: Transpiração excessiva, mesmo em ambientes frios.
- Tremores ou abalos: Sensação de tremor incontrolável.
- Sensação de falta de ar ou sufocamento: Dificuldade para respirar ou sensação de asfixia.
- Dor ou desconforto no peito: Pode ser confundido com sintomas de um ataque cardíaco.
- Náusea ou desconforto abdominal: Sensação de mal-estar no estômago.
- Tontura, vertigem ou sensação de desmaio: Sensação de que vai desmaiar ou perder o equilíbrio.
- Calafrios ou ondas de calor: Sensação de frio ou calor intenso.
- Formigamento ou dormência: Sensação de formigamento nas mãos, pés ou rosto.
- Desrealização ou despersonalização: Sensação de estar desconectado da realidade ou de si mesmo.
- Medo de perder o controle ou “enlouquecer”: Sensação de que está perdendo o controle mental.
- Medo de morrer: Sensação intensa de que algo terrível está prestes a acontecer.
Causas da Síndrome do Pânico
A síndrome do pânico é uma condição multifatorial, resultante da interação de diversos fatores biológicos, psicológicos e ambientais:
- Genética: Histórico familiar de transtornos de ansiedade pode aumentar o risco.
- Bioquímica: Desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina.
- Estresse: Experiências traumáticas ou estresse crônico podem desencadear ataques de pânico.
- Temperamento: Pessoas com temperamento mais sensível ao estresse podem ser mais propensas.
- Ambiente: Fatores ambientais, como eventos de vida estressantes, podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome.
Diagnóstico da Síndrome do Pânico
O diagnóstico da síndrome do pânico é feito por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou neurologista, através de uma avaliação clínica completa. Esta avaliação inclui:
- Histórico Clínico: Coleta de informações sobre os ataques de pânico, sua frequência, duração e impacto na vida diária.
- Exame Físico: Para descartar outras condições médicas que possam causar sintomas semelhantes.
- Critérios Diagnósticos: Baseados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que define os critérios específicos para o diagnóstico do transtorno do pânico.
Tratamento para Síndrome do Pânico
A síndrome do Pânico é uma ansiedade patológica e precisa ser tratada
Caso contrário, a doença causa enorme sofrimento, prejuízos na vida pessoal e profissional do indivíduo.
O melhor tratamento é a associação de várias medidas, tais como, tratamento médico, psicológico, mudanças de hábitos e gestão das emoções.
Tratamento Médico
O tratamento medicamentoso é feito, usualmente, com antidepressivos, medicamentos que agem no cérebro proporcionando melhora importante da síndrome do pânico ou síndrome do pânico.
Durante os ataques de pânico podem ser utilizados ansiolíticos.
O tratamento é individualizado e deve ser visto pelo médico.
Tratamento psicológico
Importante para auxiliar a pessoa a gerir melhor suas emoções e diminuir níveis de ansiedade.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é particularmente eficaz, ajudando a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para os ataques de pânico.
Mudanças de Hábitos
As pessoas encontram-se cada vez mais ansiosas e aceleradas.
Estima-se que 90% da população mundial encontra-se estressada, de acordo com o levantamento realizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Trabalho, trânsito, dificuldades financeiras e familiares, são alguns dos fatores que aumentam o estresse e geram problemas variados, tais como, alterações do sono, prejuízos na memória, cansaço, doenças gástricas, cardíacas, neurológicas e psiquiátricas.
Para o melhor controle do estresse e da ansiedade, deve-se implementar algumas mudanças de hábitos, a fim de se conquistar um estilo de vida mais saudável.
Medidas importantes são:
- Dormir bem
- Mudança de hábitos alimentares, em busca de uma alimentação que proporcione energia e saúde
- Atividade física regular
- Organização na vida e no trabalho, com economia de tempo e ganho em produtividade
- Ter momentos de prazer e relaxamento
- Estar com pessoas amigas e amadas
- Evitar excesso de cafeína e álcool
- Conhecer os principais fatores que geram estresse e amenizar essas causas
Gestão das Emoções
Nossa mente precisa ser treinada para a gestão das emoções, a fim de estarmos no controle das mesmas e não sermos governados por emoções em desalinho.
É preciso pensar antes de reagir, identificar o que aumenta a ansiedade, decidir se libertar do cárcere das emoções negativas, cultivar pensamentos e sentimentos positivos, buscar uma vida mais tranquila e feliz.
Todo treinamento exige esforço, disciplina e determinação.
Mas o resultado é ter menos ansiedade e conquistar mais paz e equilíbrio emocional.
Reconquiste o Autocontrole!
Talvez as duas sensações que mais angustiam quem apresenta a síndrome do pânico sejam o medo e o sentimento de perda do autocontrole.
É importante saber que esta doença tem tratamento e grande melhora.
Por desconhecimento, muitas pessoas não procuram ajuda.
Não fique esperando melhorar sozinho, busque todo o auxílio necessário e saia vitorioso deste problema!
Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.
Gandhi.