Você já teve Insônia?

Insônia é uma das queixas mais comuns dos consultórios médicos de várias especialidades, principalmente de neurologistas e psiquiatras.

Você já passou a noite revirando na cama?

Você já levantou no outro dia meio morto?

Você já sentiu medo de não dormir novamente na noite seguinte?

Talvez você saiba como é ruim dormir mal, seja por alguns dias, seja de forma crônica.

Mas o que é Insônia?

Insônia é a insatisfação com a quantidade ou a qualidade do sono e queixas de dificuldades para iniciar ou manter o sono.

Assim, a pessoa dorme uma quantidade de horas insuficientes para seu restabelecimento ou até consegue adormecer, mas a qualidade do sono é ruim e há cansaço no dia seguinte.

Além disto, pode haver prejuízos no funcionamento profissional, acadêmico e social do indivíduo.

A insônia pode vir acompanhada de outras patologias (ansiedade, depressão, doenças clínicas) ou vir de forma independente de outro problema.

O transtorno de insônia pode ser de 3 tipos:

  • Insônia inicial: é a dificuldade em conciliar o sono na hora de dormir, ou seja, de iniciar o sono.
  • Insônia intermediária: caracteriza-se por despertares frequentes e prolongados durante a noite, ou seja, é a dificuldade em manter o sono.
  • Insônia terminal: envolve o despertar antes do horário habitual e a incapacidade para retornar ao sono.

A pessoa pode também apresentar mais de um tipo de insônia, como dificuldade em iniciar  e também manter o sono.

Desta forma, ela demora a dormir, e quando dorme, acorda algumas vezes durante a noite.

É comum também haver prejuízos cognitivos, como dificuldades de atenção, concentração e memória e alterações do humor, como irritabilidade.

A insônia pode ser episódica (os sintomas duram entre 1 e 3 meses, acontecendo pelo menos 3 noites por semana) ou persistente (os sintomas duram mais do que 3 meses).

Fatores de Risco Para o Surgimento da Insônia.

Alguns fatores aumentam a chance da pessoa apresentar o distúrbio:

  • Ansiedade.
  • Preocupações exageradas.
  • Estresse.
  • Depressão.
  • Síndrome das pernas inquietas.
  • Doenças clínicas (doenças cardíacas, pulmonares, respiratórias e outras).
  • Predisposição genética.
  • Sexo feminino e idade avançada.
  • Excesso de ruído.
  • Excesso de cafeína, horários irregulares para dormir.
  • Abuso, dependência ou abstinência de substâncias.

Diagnóstico da Insônia.

O diagnóstico da insônia é feito a partir de:

  • História clínica ( o seu relato para o médico).
  • Exames complementares para o diagnóstico de causas clínicas ( doenças que estejam causando insônia).
  • Polissonografia.

Tratamento.

Tratamento Medicamentoso

O tratamento medicamentoso pode ser necessário, devendo ser visto individualmente por um especialista, neurologista ou psiquiatra.

Há classes diferentes de medicamentos para o problema:

  • Hipnóticos ou benzodiazepínicos.
  • Indutores do sono.
  • Antidepressivos.

O tratamento medicamentoso deve ser feito com cautela, sempre acompanhado pelo neurologista e de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa.

Além disto, deve ser tratada a causa do problema, seja uma doença clínica ou mental.

Tratamento Não Medicamentoso.

  • Mudanças de hábitos e comportamentos que favoreçam a insônia.
  • Controle de estresse e ansiedade.
  • Atividade física regular.
  • Controle de obesidade.
  • Alimentação mais leve e de qualidade.
  • Retirar álcool, cigarro e outras substâncias aditivas.
  • Diminuir a cafeína.
  • Psicoterapia.
  • Higiene do sono.

Você Conhece a Higiene do Sono?

A higiene do sono são medidas comportamentais para auxiliar no tratamento e na melhora da qualidade do sono:

  • Horário regular do sono: o estabelecimento de um horário para dormir e acordar é muito importante para regular o sono.
  • Ambiente adequado ao sono: ambiente deve ser silencioso, escuro e arejado.
  • Tempo de desaceleração: desacelerar o organismo pelo menos 30 minutos antes de dormir, podendo ser feita uma atividade mais tranquila, como ler ou ouvir música.
  • Controle dos estímulos: remover do quarto todos os estímulos que não estiverem associados ao sono, como comer, beber, discutir, trabalhar, etc.
  • Evitar permanecer na cama preocupado: ir para a cama somente quando iniciar a sonolência.
  • Evitar o uso de álcool e cafeína próximo ao horário de dormir: a cafeína interfere no sono e o álcool pode interromper e fragmentar o sono, prejudicando a sua qualidade, além dos demais efeitos nocivos da substância.
  • Exercícios físicos regulares: os exercícios 3 a 4 vezes por semana melhoram a qualidade do sono. E não deve ser feito dentro de 3 horas antes de dormir.

Você Merece Dormir Melhor e Ter Qualidade de Vida!

Como você viu, é preciso abordar a doença de maneira ampla para o melhor combate do problema.

Identificar os fatores que estejam causando ou contribuindo para a piora do seu sono.

Ela pode ser episódica ou persistente. De qualquer maneira, precisa ser avaliada.

Entender que a insônia pode gerar muitos outros transtornos, como cansaço exagerado, dificuldades cognitivas, prejuízos no trabalho, irritabilidade e piora de quadros depressivos.

É necessário evitar ou eliminar comportamentos que piorem o sono, buscar orientação médica especializada e fazer o tratamento correto.

Melhorar ou introduzir hábitos de vida mais saudáveis!

Ter qualidade de sono é ter qualidade de vida!